segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

abri...


... a torneira que mantinha cerrada, com medo que a ferrugem que ela segurava pudesse encobrir-me ... abri e dei-me num diluvio em sentido reverso, a agua que pensei que jorrasse recolheu com a mesma força que empurra, puxou, puxou tudo para dentro de forma descontrolada... eram letras, palavras, sons, acordes, imagens, sabores, pessoas que retornaram a mim sem fôlego, a sofregar os meus dias de forma saborosa ... a torneira nao pingou, entornou para dentro ...
... sinto tudo a palpitar, sinto tudo a chegar e tanto a regressar, sem preceitos ou preconceitos, e por muito estranho que possa parecer, neste momento ... neste preciso tempo, sinto me mais livre que nunca !...

foi bom reencontrar-te ... estás diferente, embora mantenhas os traços, esses, serão sempre perceptíveis a quem te conhece ... tens outro som mas o mesmo acorde ... eu também, e isso é bom ...



... uma das minhas descobertas, uma das minhas novas paixões, o mesmo amor, musica, poema ...
abri ... a torneira ...