sexta-feira, 30 de novembro de 2012

a carta rescrita



lembro-me bem de passar numa qualquer fnac e ver exposto um cd de uma ainda qualquer banda portuguesa, melómano curioso, agarrei o auscultador do ponto, em escuta, percorri os temas num zapping intermitente, senti o meu olho franzir umas quantas vezes, em escuta, confiei na desconfiança da improbabilidade de num dia qualquer como aquele pudesse encontrar um meu franzir de olho como aquele ... que me disse, escuta, escuta ... num ecoar que ainda é de hoje ... ao voltar a escutar aquela canção que me impeliu a traze-lo comigo, aquela fora um prenuncio, mais tarde uma fatalidade ... foi razão de nos juntar e separar ... e o tempo que não nos ouvimos teve o condão de te tornar, hoje, novamente audível ... de olho franzido ... "... refugio dos meus sentidos, pedaços de silêncios perdidos, que voltei a encontrar em ti..." "a carta" |.|