quinta-feira, 5 de agosto de 2010

| filme | Contraluz

Sinopse_
"Por vezes, quando o desespero põe em causa tudo na vida de uma pessoa, a única solução visível para terminar com o sofrimento parece ser terminar também a própria existência. Esta é a história de algumas dessas pessoas sem ligação entre si que apesar da extrema descrença em que se encontram, vão acabar por compreender que o mundo não pára e que, por vezes, algo totalmente imprevisto pode mudar, para melhor, o curso das suas vidas. Agora, caberá a cada um usar isso a seu favor e reencontrar a felicidade. Mas há destinos que só se alcançam depois de alterar o dos outros.
Com história e realização de Fernando Fragata ("Sorte Nula", "Pulsação Zero", "Pesadelo Cor de Rosa", "Amor e Alquimia" e "O Assassino da Voz Meiga"), o primeiro filme português realizado em Hollywood."


Partindo de um argumento bastante interessante Contraluz poderia ter tudo para ser um grande filme, mas nunca o chega a ser... tenta ser um filme de suspense, mas a sua narrativa torna-o previsível quebrando de alguma forma o impacto da acção... é um filme leve em tudo, nas interpretações, no ritmo e na emoção... publicitado como o primeiro filme português realizado em Hollywood, esse epíteto decifra-se facilmente... "Hollywoodesco" nos meios usados patentes na qualidade dos planos e cenários, "Portuguesado" no orçamento já que o filme fica sempre a um passo de ser diferente ... existem personagens que mereciam ganhar maior densidade dramática aos olhos do espectador e não verem a sua história introduzida na acção por uma simples conversa telefónica entre protagonistas, deixando a sensação clara e óbvia que o recurso a esta solução passará por uma gestão apertada de recursos financeiros... Note-se que Contraluz é um bom filme comercial, que lança uma saborosa mensagem de esperança contendo todos os ingredientes para assegurar agradáveis momentos de entretenimento... mas não se espere muito mais que isso ...
Contraluz esteve a um passo de ser um filme marcante ... mas faltou-lhe aquele "je ne sais quoi" que distingue o interessante do memorável ...
++
por rui filipe