| hoje | "no I really don't want, To be John Lennon or Leonard Cohen..."
Assisti a todos os concertos de Rufus Wainwright em Portugal (exceptuando os dois que deu o ano passado no Porto), em Dezembro ultimo estive em Londres a assistir ao seu "not so Silent Night" (espectáculo natalício), numa das vezes no Coliseu, até tive de assistir aos (para mim já naquela altura) enfadonhos Keane porque Rufus estava escalonado para a primeira parte ... ... ... ponho-me a rever esta "melitancia" e dou por mim a concluir que não foram muitos aqueles que me arrastaram assim ... quase que dá a sensação de "Rufu-ó-nático", mas não sou ... sou aliás contra qualquer tipo fanatismo controlável ... e a sê-lo este seria um desses ... no entanto, sou grande fã de Rufus Waiwright há já longos anos, a sua musica é uma simbiose perfeita entre, pop, clássica, opera... e isso reflecte-se no sentimento que esta exalta, a sua magnifica voz aguenta qualquer nota e suspende o fôlego do tempo levitando e ficando a pairar no ar ... a musica de Rufus tem o condão de me levar a momentos verdadeiramente introspectos e libertação da alma e pensamento, ora pelas imagens criadas pelas suas letras, ora pelos magníficos pormenores das suas orquestrações ... Sem dúvida um dos maiores "cantautores" contemporâneos ...
Hoje Rufus volta á Aula Magna, local onde tocou pela primeira vez em Portugal, num concerto memorável, sem banda ... ele, o piano e a guitarra ... sem lantejoulas e exuberâncias ... com muitas histórias entre as canções ... Rufus improvisando sobre uma plateia cheia completamente rendida e extasiante, que reagia aos silencios com efusiva alegria (na altura Rufus comentou o facto... "vocês são brilhantes, sabem apreciar a música, reagem na hora, isso sabe tão bem...") ... o publico português ouvia-o pela primeira vez, Rufus tentava descobrir-nos, tactear o terreno e ao descobrir-nos do palco, foi-se entregando completamente partilhando curiosidades e a sua música ... terminando o concerto em plena comunhão, encore atrás de encore ... intenso e memorável ... embora todos os concertos de Wainwright sejam uma experiencia única, desde então, nunca mais senti tamanha cumplicidade nos espectáculos de Rufus ...
... mas ... hoje regressa a este mesmo palco ... e eu regresso com ele ... com esperança que se repita o formato e o ambiente da primeira vez ... acústico, intimo e sem lantejoulas ...
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